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Maximiliano Skol

QUERO FUGIR

Quero fugir de mim e não consigo...

Claro, que o meu pensar pertence a mim,

Mas me pertenço ao corpo que é o jazigo

Ao  qual ligados somos até o fim.

 

O corpo e alma estão num só castigo

De uma cruz carregar, pois são enfim

Originários  pelo mesmo umbigo

( Co\'  igual  identidade)  de onde vim.

 

Fugir-me de mim mesmo... Que bobagem!!

Que eu me tenha em  paciência e carregar

A cruz que é do meu fado, co\' a bagagem

 

Carnal de finitude programada:

Pra de mim mesmo eu possa me livrar

Na vez da alma ser desencarnada.