Pedro Trajano de Araujo

Tempo

O relógio marca a hora

Com pouca vontade

De fazer o ponteiro prosseguir

É triste descobrir

Que até o tempo procrastina,

Realidade cretina.

 

Você me pediu para esperar

E esperando eu fiquei

Não fui, não te acompanhei...

Onde ficaram a juras de amor?

Só me restou a dor.

Nossos sonhos,

Nossos planos,

Casa financiada,

Enfim livres

Da quitinete alugada,

Mas você me pediu um tempo...

De quanto tempo estávamos falando?

Você nunca me contou

Só me deixou esperando

Todo este tempo

Eu esperei

E finalmente chorei.

 

Aqui o tempo

Sem você parou

Tudo está tão igual

Mas nada mais é normal

Porque você escolheu ir

Na véspera de Natal?

 

Tempo, tempo

Se és mesmo

Atemporal

Porque não me leva

Para aquele tempo

Onde eu e ela

Éramos um belo

Casal?

 

Pedro Trajano de Araujo

20 de outubro 2020

Penápolis SP

  • Autor: Trajano (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Outubro de 2020 16:38
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 17

Comentários3

  • @(ND)

    Parabéns pelo dia do poeta, Pedro Trajano de Araujo... Nunca deixe de poetizar... Bela poesia!

  • Maria dorta

    Poema denso,com ferida aberta a sangrar. Inegável porém sua beleza não notar!

  • Pedro Trajano de Araujo

    Obrigado.

    Parabéns a todos nós poetas.



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