Eliabe Lira

Sorte de poucos


Aviso de ausência de Eliabe Lira
NO

Queima, destrói

Corrói, arrasa 

Quem voa?, quem passa?.

 

Gritos distantes, na noite

Rumores de guerra, horrores 

Reestruturaram os céus 

Guardam canhões, tambores.

 

Acende a sirene seu moço!

Guarda contigo esse fuzil

Retomem a humanidade perdida 

Acabem com esse conflito.

 

Não sei se grito, choro ou luto 

Corro, nado e me esquivo 

Que balas virão novamente? 

Fome, peste ou vendaval?.

 

Pois o tiro certeiro 

De certo é o da gente 

Quando lutarmos, por fim, essa guerra 

Quem fica? Quem luta? Quem chora?.

 

Que gás nos matará neste carro? 

Quem ficará para ser dilacerado?

Quem aguenta tamanha agonia? 

Quem sofre, de tudo, calado?.

 

Em que raça está a minha vida? 

Quem aguenta tamanha ousadia?

Qual nação virá nos socorrer? 

Em que planeta faremos morada?.

 

De quem é a voz que reza por nós? 

De quem são às mãos amigas? 

Então já se deu a sentença 

Viver, lutar, continuar, ter sorte.

 

 

  • Autor: TheLira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Outubro de 2020 01:52
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 21

Comentários1

  • Cecilia

    Muito bom seu texto., correto, bem escrito, coerente e bonito Descreve bem o sentimento de medo coletivo que nos foi insuflado, e mantido por fatos e fakes..

    • Eliabe Lira

      Muito obrigado pelos elogios. Ótima análise, seus comentários são sempre inspiradores. Abraço.



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