Maria dorta

Navegando Amores

Memória como navio desliza

vai navegando entre amores

entre ondas,vou revivendo dores.

O solo da adolescência  fertilizou

um impossível amor que naufragou.

Meu belo navio está  cheio e vaga

pelos mares da memória,à deriva...

O primeiro me achava bela

da beleza ele fugiu, não me amava!

Nas águas do Amor nadei,boiei,

quase afundava: nenhum príncipe achei.

Às  vezes,um peixe-boi aparecia,

e me queria. Surpresa,eu fugia.

Hoje,lábios secos,lamento

                                 Beijos não dados

                                   Abraços recusados

                                  Amores ensinados

                                  Sexo reprimido

Será  que posso dizer

Valeu a pena não ter consentido?

Assim pela metade ter vivido?

E fica o dito pelo nao- dito!  

Maria Dorta   16.10.2020

 

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  • Autor: Maria dorta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Outubro de 2020 14:50
  • Comentário do autor sobre o poema: Exercícios poéticos.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 40

Comentários3

  • CORASSIS

    Navegar é preciso
    Já a vida em terra firme
    Muitas vezes traz dores
    O amor não está imune.
    Triste e belo, retrato do amor.
    Parabéns .
    Abraço

    • Maria dorta

      Verdade! Viver não é preciso! É temos que correr os riscos. É é bom viver! Grata por me ler!

    • Valdeci Malheiros de castro

      O amor navegando nas ondas da poesia. Lindo. Um feliz sábado.

    • Shmuel

      Queria muito fazer parte desta nau...e navegar mar adentro.
      Abraços a poeta e amiga colibri, Dorta!

      • Maria dorta

        Correrias grande perigo. A nau está ameaçando afundar rsrsrs. Gratidão pelo feedback!



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