FALDER VILELA

Folha suja.

Folha suja.

Já é madrugada.

Eu continuo frente a essa folha suja.

Quero algumas palavras sórdidas que represente essa vida mórbida.

Meu quarto é um túmulo.

Eu, apenas um corpo velado pelo fracasso.

Tento me eternizar.

Mas o papel é sujo.

Marcado
como
meu

passado
Presente
Futuro.

Não dá para escrever quando a inspiração não brota das entranhas.

Tem que haver realidade sinceridade verdade.

Teimosa caneta.

Não
grita
Nas
Letras.

Não
chora
nas
Palavras.

Não
Desespera
Nas
Frases.

Não
Murmura
nos
versos.

Não
sussurra
na
prosa.

Não
geme

Não
agride

Não
Insiste

Não
Transmiti

Não
sufoca.

Falder vilela

  • Autor: FALDER VILELA (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Outubro de 2020 23:54
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 63
  • Usuários favoritos deste poema: L.B.Goularte, PB Almeida.

Comentários4

  • L.B.Goularte

    Oh Parabéns! Concordo contigo que quando a inspiração não vem de dentro o texto sai quase morto e sem emoções!
    O poema é lindo! Gostei.

  • Cecilia

    Falder, gostei da sua Folha Suja. Sua escrita é correta, bem encadeada, coerente, bonita. Gostei do "não sufoca" da caneta teimosa. Espero ler você de novo, aqui.

    • FALDER VILELA

      Nossaaa. Muito obrigado pelo incentivo. Quando eu cometer algum erro por gentileza corrija. Fico muito grato.

    • Shmuel

      Esse é um mal que nos abate. Mas quando vem a inpiraçao, sai uma poesia desse quilate. A folha suja se torne um belo texto.
      Parabens, Falder Vilela.

    • PB Almeida

      Gostei muito, um sentimento muito familiar, com suas palavras deu um novo significado.



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