Victor Severo

O rio e o gado.

O gado boiando, afogado de bucho inchado

No rio de merda e lama, outrora um rio qualquer.

Agora o rio está fadado, a deixar de ser rio, será somente um grande charco.

O gado fedendo, putrefato, me dá a impressão que agora fede menos, o gado.

Não tenho pena desse gado que morreu pela boca, tenho pena desse rio que foi pelo gado para sempre contaminado.

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de Outubro de 2020 16:37
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 13

Comentários3

  • JUCKLIN CELESTINO FILHO

    Beleza! Entendo bem esse rio, esse ( gado,
    que corre rumo à correnteza, acompanhando a boiada, que morre pela boca)!
    Parabéns!

    • Victor Severo

      Pois bem, é isso mesmo.Obrigado amigo.

    • Shmuel

      Tem metáforas neste poema. Isto é demais.
      Parabens, poeta.

    • @(ND)

      Metáforas políticas , muito bom...

      • Victor Severo

        Políticas, sociais , comportamentais, tudo se entrelaça. Agradeço que tenha apreciado.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.