O gado boiando, afogado de bucho inchado
No rio de merda e lama, outrora um rio qualquer.
Agora o rio está fadado, a deixar de ser rio, será somente um grande charco.
O gado fedendo, putrefato, me dá a impressão que agora fede menos, o gado.
Não tenho pena desse gado que morreu pela boca, tenho pena desse rio que foi pelo gado para sempre contaminado.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 7 de outubro de 2020 16:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
Comentários3
Beleza! Entendo bem esse rio, esse ( gado,
que corre rumo à correnteza, acompanhando a boiada, que morre pela boca)!
Parabéns!
Pois bem, é isso mesmo.Obrigado amigo.
Tem metáforas neste poema. Isto é demais.
Parabens, poeta.
Obrigado amigo.
Metáforas políticas , muito bom...
Políticas, sociais , comportamentais, tudo se entrelaça. Agradeço que tenha apreciado.
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