O que se opõe ao fato?
O boato ou o desacato?
A certeza de ser indelével
ou a estupidez do increpável?
O que se opõe à razão?
A afrontação ou a deseducação?
A condição de ser inconveniente
ou a sensação de ser indestrutível?
O que se opõe à verdade?
A impiedade ou a leviandade?
O escrutínio de um ignóbil
ou a escolha poluta de um proditório?
O que se opõe ao ser humano?
O profano ou o desengano?
A torpeza da insignificância
ou o comodismo do sofismável ?
O que se opõe ao oposto?
O ser a contragosto suposto?
Ou, simplesmente, decente?
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 2 de outubro de 2020 15:27
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários1
Parabéns, perguntas difíceis, que emolduras em um quadro de rimas , que nos faz pensar, e ao final, nos perdemos , á refletir, e chegarmos
a um xeque-mate sem saída. Amei o que escreveu. Abçs
Obrigado, Ary. Sim, bem colocado "a um xeque-mate sem saída." Isso mesmo!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.