Aviso de ausência de Ema Machado
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Hoje vi o pecado
Tinha o rosto desfigurado
Ardia pelo chão
Estava faminto
Devorava florestas, animais e rios
Suas chamas estavam no cio,
Contorcendo- se queimavam tudo que lhes viesse a mão
Sórdido, o pecado contamina
Sem tributos, astuto
A ele o maligno se aninha
Usa-o e é ofertado
Com toda sorte de destruição
Hoje vi o pecado
Tinha fome de vida
Expelia fogo feito dragão
Enamorou-se da ganância
Não veio só
Trazia a morte pela mão…
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 1 de outubro de 2020 20:34
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
Comentários2
Mari, boa noite!
Quanta dor, nestes versos tão tristes, dolentes, sofridos. Soube com mestria , traduzir a agonia à qual passa o nosso Brasil, que padece as agruras de uma terrível pandemia que ja ceifou a vida de mais de 150 mil pesdoas, e a atrocidade perpetrada contra ele : queima desumanamente na Amazônia e no Pantanal, as vísceras expostas da podridão que culmina com o assassinato deliberado do meio ambiente.
Parabéns! E só posso dizer: sinto muito pelo nosso País!
É realmente triste, você captou a essência do poema. Não temos muito a fazer, só nos resta gritar em versos o sentimento de revolta. Obrigada, abraço,
Mais uma pérola de Mari Machado. Lembrei de uma música linda do Zé Ramalho que nos alertavam sobre as ondas.
Obrigada, poeta! Grande abraço,
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