Balisong

Levy

Balisong! O seu fio me consome

Anseio por ti e pelo teu corte sem nome

Gire comigo e com o monstro mais forte

Seu lugar é no lixo, tenho honra, sou homem.

Como meu pai dizia...

As facas são vivas...

Mire-a a ti e em um sopro vai a vida

Num piscar de olhos já sangra a ferida

Então me diga Balisong

Porque contra mim tu viras?

Não vê que te tirei daquela vitrine sofrida? 

Mas o que eu queria...

Afinal, o fino metal me esfria

O sanguis corre na pia

Várias ideias vadias...

Mas que se foda!

Hoje tenho navalhas na boca

Escondo embaixo da língua

Derrubam Sodomo e Gomorra

Tu foi pro lixo e não foi a toa

Pois o sangue é algo que a alma não perdoa.

  • Autor: Levy (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de setembro de 2020 23:14
  • Comentário do autor sobre o poema: Saudades de ti...
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 12


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