Finas camadas de sanidade cobrem a íris do explorador
Perdido entre vidros e suplico refletidos em três dimensões
Notificações e "amor" em polegares retos invadem e comem seu cérebro
Ética e ego nos tornam servos do espelho negro portador de todos os nossos segredos
Desça e desça mais rubro capataz da razão, só não esqueça de largar seu coração
Pois mais de mil estranhos o largaram em sua mão
Tome tome um gole da viciante repetição
Células celulares nos fundiram em vão
Sopra sopra o vento da visão...
Arrega na areia o que o mais pobre semeia
Cego de sexta a sexta vivendo de musculação
Vagos vasos sem pena eu rego, só não nego...
Uns grão de areia tem muito ego...
Debruçado no prego, mole que nem marshmallow
Fodase todas as redes, fodase todo o resto.
- Autor: Levy ( Offline)
- Publicado: 25 de setembro de 2020 12:32
- Comentário do autor sobre o poema: Desça mais...
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 28
Comentários4
No final chutou o balde, extravasou
Ab.
Uauuu, arrasou!
Nem o desabafo informal, no último verso, tirou a elegância e o rebuscamento de um poema riquíssimo em subjetividade, ritmo e mensagem poética. Gosto muito de vossas metáforas, amigo Poeta. Parabéns!
Agradeço profundamente o comentário! Fazia um tempo que não escrevia.
Um abraço!
O seu poema mexe com nossas convicções causando profundas reflexões, gostei, poeta.
Abraço
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