A vida para mim é a vaporosa
Sensação de uma ausência de mim mesmo,
Pressinto-a tanto leve como a prosa
De palavras ao vento, indo a esmo.
Vulnerável, sem eco, como a rosa
Sendo despetalada e que não resmo
As pétalas, não mais, da esplendorosa
E perdida visão, se me ensimesmo.
Pressinto, nessa tênue sensação,
De que ainda estou vivo e com o receio
De que a qualquer seguinte marcação
De segundo serei desencarnado...
E que esse momento que me veio
Em mim já estava escrito: sou finado.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de setembro de 2020 03:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 52
Comentários4
Muito bom o poema!!!
Um abraço, Pedro.
Forma sutil e bela de encarar a finitude.
Elevando a vida e a morte.
Abraços ao poeta, Maximiliano Skol.
Bela e agradável reflexão sobre a efemeridade da vida em forma de poesia.
Meus parabéns!
Vai com calma, o fio não será cortado... rsrsr Amei poeta ...
A morte já não existe... E se existe está em toda matéria... Gostei poeta, muito bom ... Soneto top
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.