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Maximiliano Skol

A VIDA

A vida para mim é a vaporosa 

Sensação de uma ausência de mim mesmo,

Pressinto-a tanto leve como a prosa 

De palavras ao vento, indo a esmo.

 

Vulnerável, sem eco, como a rosa  

Sendo despetalada e que não resmo

As pétalas, não mais, da esplendorosa 

E perdida visão, se me ensimesmo.

 

Pressinto, nessa tênue sensação,

De que ainda estou vivo e com o receio

De que a qualquer seguinte marcação

 

De segundo serei desencarnado...

E que  esse momento que me veio

Em mim já estava escrito: sou finado.