Tantos me admiravam,me olhavam
cobicosamente me queriam.
Eu,galhardamente,me recusava
quantos beijos neguei e estremecia
Por medo,muitos dispensei e fugi
a pureza em meus lábios guardei.
Como moca de família agi.
- Não se vulgarize! Ser virgem era lei.
Guarde o pudor,se quiser casar!
Correto é não se deixar apalpar.
Segui todos mandamentos citados.
Assim,de branco,na Igreija entrei.
E sai de braços dados ao pecado.
Corajosamente,mulher casada
me tornei e nunca pequei fora da Lei.
Maria Dorta 13.09.2020
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 13 de setembro de 2020 23:37
- Comentário do autor sobre o poema: Recordando o passado
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 42
Comentários7
Recordar... Às vezes é bom, noutras nem tanto.
No meu tempo de jovem também era assim.
Não me arrependo, talvez o grande mal da atualidade seja não se guardar. Não só a mulheres, donzelas, mas o ser humano, de modo geral não se guarda, não é?
É verdade...deve- se guardar,sem exagerar. Perdu muito da minha juventude habilitada a conceitos sociais de virgindade e pureza...pura besteira. Não se deve exagerar,nem.para o lado santo,nem para o " pecaminoso!. Muitos preconceitos hoje foram anulados. Grata pelo feedback,amiga!
Nosso tempo era tudo mais complicado. Você ilustra bem neste poema.
Verdade poeta. E Eu sempre segui a letra da lei social kkkm
A recompensa de sempre cabeça erguida e caráter â mostra
Paz de consciência é muito bom de ter.
Concorda amiga?
O caráter já é outra história. Não se mescla com as noções sociais de " virgindade" ,nem diz respeito às normas sociais,nem religiosas.
Bela ilustração de um tempo já ido, mas creio eu que mesmo nessa universalidade do pode tudo ainda existem algumas pessoas que até mesmo pela sua natureza ainda é assim...Amei ler-te Maria Dorta...Gratidão!
Um poema que retrata o rigor do exigido recato que deixava marca injusta apenas às mulheres...
Abraço, poetisa
Sim, Dorta, um tempo difícil para as meninas. Hoje esta vivência, se transforma em um belo poema.
Você é toda Poesia...sou admirador confesso da sua obra.
Boa noite, linda colibri.
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