Edla Marinho

ENFERMEIRA

Esse mal que tripudia da cura
Causa estrago, contaminando o mundo
Seres fortes, em desgosto profundo
Abraçam os fracos na mesma loucura

Como parasita se agarra em nós
Alimenta - se de nossa energia
Tirando do mundo toda alegria
Não escolhe a vítima, esse algoz

Unindo os povos num elo de medo
Presos em casa., num quase degredo
Não só o idoso, todos vão sofrendo

E na linha de frente no combate
Vestido em branco o anjo não se abate
Às vezes curando, outras morrendo

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de Setembro de 2020 00:24
  • Comentário do autor sobre o poema: Tenho muita gratidão a Deus por filhos maravilhosos que me deu e um orgulho por todos eles, pelo caráter e alma sensível. Na atual situação do mundo, um orgulho especial pelo trabalho de minha caçulinha (ela na foto ) que enfrentou com responsabilidade o trabalho, adoecendo, se curando e voltando a cuidar com amor dos contaminados. Ofereci a ela e a seus colegas esses versos gerados no coração de mãe.
  • Categoria: Não classificado
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Comentários6

  • Maximiliano Skol

    São heroínas e heróis que enfrentam essa epidemia. Um médico meu amigo e perito de UTI, em Vilhena, evitava Cirurgia Bariátrica com receio da entubação. Enfrentou a Covid-19, por zelo profissional, e terminou em óbito, entubado, em Cuiabá. Imagino o seu sofrimento...
    Parabéns para a sua filha pela coragem e compaixão.
    Um abraço, Edla.

    • Edla Marinho

      Obrigada, poeta, por ler e comentar.
      Minha filha também viu morrer médicos e enfermeiros, seus colegas. Uma situação muito triste, eu estando de longe, com o coração apertado. E, no egoísmo de mãe, cheguei a sugerir que ela pedisse exoneração do trabalho, mas ela respondeu que não fugiria da responsabilidade, pois na faculdade aprendeu muito mais do que procedimentos da profissão. Continuei apreensiva, mas muito mais orgulhosa da mulher que ela se tornou.

    • Celio Govedice Santos

      Bela homenagem ao estes corajosos seres que enfrentam a morte para salvar vidas. Que linda profissão, ao lado dos médicos, expondo-se enquanto o resto da população se isola. Quando vejo uma praia lotada, gente sem máscara nas ruas eu fico pensando na frase de Cristo. O homem é o lobo do próprio homem.

      • Edla Marinho

        Verdade, as pessoas não se importam, parece que não acreditam. Quem está lá em contato com os doentes é que sabem o quanto grave é a situação.
        Obrigada pela leitura e comentário.

      • Menino e a Lua

        Boa homenagem Poetisa ! realmente Herois !

        • Edla Marinho

          São, sim! Obrigada por ler e comentar.

        • Hébron

          Lindíssima homenagem!
          Minha esposa é técnica em enfermagem, da linha de frente nessa guerra.
          Admiro demais essa heroica profissão.
          Abraço, poetisa!

          • Edla Marinho

            Obrigada, poeta, por teu comentário!
            Estendo essa homenagem à sua esposa, sei o que ela tem passado. Minha filha trabalhou sem folga, descansando poucas horas por dia, por semanas sem sair do hospital. E muitos tem trabalhado, assim, sem folga e muitas vezes sem o material necessário de proteção.
            Tenha uma noite de paz, meu abraço

          • Shmuel

            Perfeito, Edla! Adorei...a declamacão da colibri Geralda Figueiredo também ficou maravilhosa.
            Parabéns nobre poeta!

            • Edla Marinho

              Boa noite, Samuel.
              Este poema foi num momento em que eu estava com o coração apertado por ela estar tão exposta, mas feliz pelo desempenho dela. Grata, meu amigo.
              Meu abraço!

            • Geralda Maria Pinheiro Figueiredo Pithon

              Foi uma honra poder participar, dessa linda homenagem, a sua filha, heroína da saúde, querida amiga Edla!

              Um lindo mimo maternal, me tocou profundamente, pois perdi duas amigas queridas, é uma profissão muito abençoada, seria muito mais perdas se não fosse a dedicação e o amor dessas, profissionais dedicadas!

              Gratidão, amiga!

              • Edla Marinho

                Grata, amiga Geralda!
                Ficou mesmo muito lida a leitura deste poema.
                Linda noite, meu abraço!



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