Castelo de Sal

Mara

Por que ferir a mão que a sustentou?
Por que calar a voz que a bendizia?
A menina que a doçura abandonou

Recebeu o mel e devolveu o fel,
Rasgou o manto de quem a quis cobrir.

Retribuiu o carinho com o desprezo,
Viu o sacrifício e não sentiu piedade.
Cega pelo brilho da própria vaidade

Cruel com quem a vida inteira a queria,

,Hoje habita o trono da própria agonia.

Pois quem destrói o amor que a rodeia,
Reina sozinha em um castelo de sal.

Das mãos que só sabiam oferecer.
 Transformou o cuidado em algema,

Onde havia o abraço, hoje há o espinho,
Onde existia o zelo, mora o desdém.
Ela trilhou, por escolha, o seu caminho,
Pisando em quem só queria o seu bem.

Esqueceu que o amor é solo raro,
E que o silêncio de quem foi leal,
Custa, um preço muito caro:
Deram-lhe o sol para que ela florescesse,
Regaram sua alma com paciência e esplendor.
Mas ela preferiu que o mundo escurecesse,


Tornando em fardo seu caminho de luz

Agora ela observa, de longe e vazia,
Perdeu o tesouro por não ter gratidão....

  • Autor: Mara (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de dezembro de 2025 00:53
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 1


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