NÃO ME QUERO MUDAR

Maximiliano Skol

        NÃO QUERO MUDAR-ME

Estou a vender a minha casa!
Mesmo agora que o telhado
Do outro lado da rua
Tem como enfeite folhas de duas palmeiras,
Que daqui percebo – despontam-se e crescem.
Surpreso me ponho!!
O tempo cresce aquelas palmas,
O tempo decresce o meu tempo.
Aquele telhado doutro lado da rua, já me é querido
Justamente quando a vender a minha casa,
E a nossa comunhão nosso diálogo
Transferidos serão para outra paisagem.
Encontrarei, ali, outro telhado em sua memória?
Pressinto – não me quero mudar...
O sossego e a placidez daquele  telhado que antes me intimidavam
Trazem-me agora tranquilidade e transcendência.
Ele não me atinge mais com
solidão,
Vejo nele símbolos e sinto ímpetos
De tranquilidade e paz.

Tangará da Serra, 01/12/2025

 

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  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de dezembro de 2025 01:10
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema em contraponto ao poema VOU ME MUDAR de 03/12/2023.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros
Comentários +

Comentários1

  • Nelson de Medeiros

    Ave, Mestre! O bardo te saúda e te manda cinco ***** pelo, excelente, como sempre, poema. 1 ab



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