Ueslei Fatareli

VOA, VOA AZULÃO!

 

Via de longe o céu e toda sua imensidão.
Via pelas grades os montes e muito além.
Tudo falava em coro: voa, voa, voa azulão,
Nasceste com asas que nem todos tem.

 

Abriu a gaiola, então pude voar novamente.
Voei alto, voei sobre o lago, lindo, azulado.
Ele dizia para mim: voa, segue em frente,
Visita ipês, jacarandás e canta pelos prados.

 

Abriu a cárcere. Quem diria? Quem diria?
Passagem livre, sem cercas e fronteiras,
sem solidão, sem trancas, sem barreiras.

 

Abriu a cadeia. Quem diria? Quem diria?
Chega de canções sem rios e mangueiras,
Sem Tapajós, Solimões e cachoeiras.

  • Autor: Ueslei Fatareli (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Setembro de 2020 08:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 76
  • Usuário favorito deste poema: Ernane Bernardo.

Comentários4

  • Ernane Bernardo

    Parabéns, poeta Ueslei, belíssimo soneto, eu não li, mas sim recitei, musicalidade e harmonia em suas palavras! Favorito!

    Abraços!

    • Ueslei Fatareli

      Grato Ernane por tirar um tempinho para ler o soneto. Também agradeço pelos comentários que nos encorajam a continuar escrevendo o que vem a nossa mente e coração. Um forte abraço!

    • Cecilia

      Muito bom, bem feito,bonito!

    • Carlos Chagas

      Grande Uéslei! Sempre usando esse precioso dom recebido de Deus com um olhar muito critico para o que está acontecendo à sua volta. Deus te abençoe!

      • Ueslei Fatareli

        Grato por ler e comentar, Ricardo! Um forte abraço!

      • Hébron

        Lindíssima poesia!
        Abraço, poeta



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