Alegria para viver

CORASSIS



Tem coisa divina no encalço de gente desavisada para acontecer
Flores perfumadas para dissipar o silêncio e o noturno
Flores espetaculares para a ocasião incerta
Colorirão um mundo quase esquecido
Tem amabilidade cicatrizando a tristeza 
Que pede bis à vida cinzenta, desacreditada


Mas vem, caminha sem o teu salto que a dor é ciumenta 
E gosta de fazer escândalos
Vem sem tornozeleiras que começam na mente
É hora de voltar a caminhar
Que o trajeto tem tormenta
Tenha um punhado satisfatório de fé
faz como os índios  que descalços andam bem
E não sofrem com boletos não rarefeitos 
Incrementados de números e preocupações

Vamos fazer o uso natural
Das coisas sociáveis, simples
Pronuncia a fé e segue viagem
Residiremos novamente na casa sem muitas grades


A vida estava ficando  fria
Vem, renuncia lança e a flecha
Nem pensa em nitroglicerina
Para não equiparar nenhuma revolução  nefasta
Chega de baderna, chega de guerras
Pois hoje vai ter festa  
Até o sol  anoitecer  
As lembranças estarão aquecidas para reviver
Com Madalena ou com  Beatriz
Temos coisas divinas para ainda realizar em São Paulo ou em Paris


Teremos pernas boas para dançar como nos anos 80
Vem comigo extravasar a sentença que liberta
tem coisa divina para recomeçar
Eu sou espectador de coisas invisíveis
de poderes imediatos 
Possíveis de se festejar
Surfista inexperiente que nunca caiu por ondas  
Fortes com sabor da morte

Abandonei as dores que interferem
O calcanhar de Aquiles está seguro
Fabricantes de sistemas de artilharia moderna
Deveriam habitar outra Terra
Deveria ser a do nunca.

  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de novembro de 2025 20:48
  • Comentário do autor sobre o poema: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos
Comentários +

Comentários1

  • Maria Ventania

    Importante trazer a fé no coração e acreditar na beleza da vida. Vivemos tempos difíceis mas Deus criou a natureza e o amor. "Teremos pernas boas para dançar como nos anos 80
    Vem comigo extravasar a sentença que liberta" Ainda precisamos acreditar que tudo pode melhorar e tua prosa reflete esperança e aponta as dores nevralgicas da cidade grande. Adorei!!! Beijo ao mestre.



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