Lorena, de saudade, me faz chorar
Nas infindas horas de tristes dias...
Quando, por fim, haverá de cessar
Minhas dores, minhas agonias?
Tua ausência é a grande amargura
Que vês em meu choroso versejar;
É voz distante, que para ti murmura
Este infeliz poeta, num lamentar.
Saudade é pungente como aguilhão,
E, mesmo que superar a dor intente,
Implorando tua presença, o coração,
Distante de ti, jamais estará contente.
Quando voltares, há de ter um fim
Este cruel tormento, esta minha dor;
E, prostrado aos teus pés, assim,
Sufocarei minha saudade em amor.
Minha esperança tenta abrandar
Que de mim não estarás distante,
E, enamorado, haverei de ousar
Ser ainda, outra vez, teu fiel amante!
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Autor:
Fabricio Zigante (
Offline)
- Publicado: 14 de outubro de 2025 15:57
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, luiz01, Melancolia..., Dante Gratton, Vinícius Luiz zigante
Comentários1
Que poema de uma beleza melancólica e apaixonada! A dor da saudade aqui é quase palpável — cada verso carrega o peso de uma ausência que dilacera, mas também a esperança de reencontro. A linguagem poética, cheia de suavidade e sentimento, lembra os grandes sonetos de amor do romantismo, onde a dor e o amor se entrelaçam como se fossem inseparáveis. “Sufocarei minha saudade em amor” é um verso que resume tudo: o amor como cura e ferida ao mesmo tempo. Um lamento que é, também, uma promessa de fidelidade eterna.
Viajei bastante....
Saudações amigo poeta. Suas observações descreveram perfeitamente as composições da alma do poema. Grato pela leitura e pelo comentário.
Abraço fraterno!
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