Carlos Hades

Fraco

 

Fraco, fracassado, sem perspectiva, sem conclusão.

Pensavas que serias forte? Pensavas que eu seria forte!

Não sou, não somos, somos apenas uma ilusão.

Careço de conteúdo, sou fruto do acaso e da sorte!

 

Sou um poeta e por isso finjo, sou especialista nisso, sou um ator!

Finjo amor.

Finjo dor.

Finjo ser o que não sou, finjo que posso vencer a morte!

Que sou um herói, e que pra ser o que não sou, me faltou apenas sorte!

 

São poucos os versos, são tristes ‘não’ são felizes.

Não são belas flores, mas são densas raízes!

Que separam o forte, da fraqueza e do fracasso.

Antes que chega o dia do fim, numa manhã ao acaso!

  • Autor: Hades (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Agosto de 2020 12:33
  • Comentário do autor sobre o poema: Efêmeros sentimentos, dispostos em lugares e pensamentos!
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10

Comentários4

  • Maria dorta

    Lindo o contraste e encantadora a confissao . O poeta é mesmo um fingidor que finje que é dor...a dor que realmente sente! Bravo!

  • Menino e a Lua

    Poeta, ótimo poema, a ideia ao sentimento aplicado. Parabéns...

  • Carlos Hades

    Obrigado Maria!
    Fernando Pessoa é o "cara"

  • Edla Marinho

    Pois é, ao poeta é dado o "direito" de escrever versos fingido, não é? Bons versos os teus.
    Meu abraço

    • Carlos Hades

      A mais real das farsas e o menor dos exageros



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.