ENTRE O SONO E O DESEJO

Nelson de Medeiros



ENTRE O SONO E O DESEJO

No limiar da noite, ela surgia,
e vinha envolta em véus de claridade;
seus olhos, dois abismos de saudade,
tinham a cor da dor que não se esfria!

 

Jamais tocada, sempre se esvaía,
na dança lenta da minha ansiedade;
mas sumia, ao toque da verdade,
como a bruma que o sol desfaz ao dia!

 

Então, já no fim da madrugada, volta
e me sussurra um verso derradeiro:

“— O amor é sonho imortal e constante”!

 

Então desperto só, mas sem revolta,
com seu perfume preso ao travesseiro,
 cheio de esperança daquele instante!

                                                                                                    Nelson de Medeiros

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de agosto de 2025 16:44
  • Comentário do autor sobre o poema: No auge da pandemia.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: Melancolia...


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