O mundo gira, gira mas não sai do lugar
Pensava e acreditava já ser passado
O tempo de a honra, com sangue lavar
Às mulheres, atribuído o pecado
Passou o tempo, proclama-se liberdade
Dorme-se em casa e na cama da namorada
Mas não mudou o conceito, na verdade
Como veem a mulher, me deixa chocada
Sua vontade vivia amordaçada
Submissão, sem discutir, era seu papel
Galgando espaços, longa caminhada
Muitas pensando que agora é céu
Como a cair de um sonho, vejo
Opinião da maioria de um povo atrasado
Apoia deles o pervertido desejo
Se estiver vestindo curto ou decotado
Essa falsa liberdade que ela tem vivido
É disfarce do retrógrado pensamento
A maioria dos que foram arguídos
Ainda a veem como objeto, eu lamento!
Edla Marinho
26/03/2014
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Autor:
Edla Marinho (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 6 de agosto de 2025 18:51
- Comentário do autor sobre o poema: Escrevi este quando, na ocasião li uma notícia sobre um ataque sofrido por uma moça e li alguns comentário dizendo que " também...vestida com essa roupa tão curta"... Fiquei muito indignada.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
- Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos, JT.
Comentários1
Tens homens que agem piores que animais!
Alguns pela fala ou pela força contra as mulheres.
Parabéns, nobre Edla.
Abraço.
Amigo Corassis, não é mesmo? Não sou do tipo que gosta de roupas muito atrativas por serem decotadas ou curtas, preso mais pela elegância, sem me expor muito.
Mas acho um absurdo quem ainda culpa a mulher .
Obrigada pelo comentário.
Meu abraço!
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