O mundo gira, gira mas não sai do lugar
Pensava e acreditava já ser passado
O tempo de a honra, com sangue lavar
Às mulheres, atribuído o pecado
Passou o tempo, proclama-se liberdade
Dorme-se em casa e na cama da namorada
Mas não mudou o conceito, na verdade
Como veem a mulher, me deixa chocada
Sua vontade vivia amordaçada
Submissão, sem discutir, era seu papel
Galgando espaços, longa caminhada
Muitas pensando que agora é céu
Como a cair de um sonho, vejo
Opinião da maioria de um povo atrasado
Apoia deles o pervertido desejo
Se estiver vestindo curto ou decotado
Essa falsa liberdade que ela tem vivido
É disfarce do retrógrado pensamento
A maioria dos que foram arguídos
Ainda a veem como objeto, eu lamento!
Edla Marinho
26/03/2014