Leitor, meu entristecido coração
Vivendo apegado à melancolia,
Em lamento chora perdida ilusão
Que um passado alegre embelecia.
Saudades tenho do passado,
Que julguei ser para a vida inteira,
Saudades de quando fui amado
E do beijo da amada primeira.
Lágrimas brotam com a solidão,
Nos meus olhos de antiga fulgura,
Chora de saudade meu coração
Em meio à atual desventura.
Saudades da passada alegria
Que não havia luto ou mágoa,
E meus olhos no decorrer do dia
Não estavam assim, rasos d'água.
De minha avó tenho saudades...
Minha grande protetora falecida,
Desamparado, fujo das crueldades
Deste triste calvário chamado vida.
Abandonado por velhas amizades,
E tantos sorrisos compartilhados,
No abandono só restam saudades
Dos afetos um dia desfrutados.
Só saudades, em breve levarei
Para o túmulo, última morada,
Saudades do que jamais terei
Novamente, lembrança amada.
Solidão, lembrança e saudade
Restaram em minha triste vida,
Onde, num mar de infelicidade.
Perdi a saudosa alegria querida!
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Autor:
Fabricio Zigante (
Offline)
- Publicado: 26 de julho de 2025 08:58
- Categoria: Triste
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, Dante Gratton
Comentários2
Fabrício Zigante você é para a poesia Gigante.
Aplauso.
Saudações nobre poeta. Grato pela leitura e pelo gentil comentário!
Forte abraço !
Poema bonito mas triste, mas mesmo assim me identifiquei com a saudade do passado e que infelizmente traz solidão para o presente. Parabéns poeta. Boa tarde.
Saudações Rosangela. Grato pela leitura e comentário!
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