Não conto mais o tempo por dias
eu o faço em séculos, como os sinto
pois os sinais que ficaram em mim
são lentamente revividos dia a dia
e são donos dos meus sentidos
que como caudal revolto de rio
nem mesmo as margens aprisionam
nem mesmo por elas é contido.
E é assim, num vagar proposital
que os quero discorridos no viver
sempre à cata do querer saber
como será que se pode viver
da luz que restou de outros tempos
e que não mais a encontro, a não ser revivendo
esses sinais lentos agora monocromáticos
de um tempo em que havia sentido ter vivido.
- Autor: Avelino ( Offline)
- Publicado: 21 de agosto de 2020 14:09
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 37
Comentários3
Boa tarde poeta. Pois é. A vida é feita de momentos que vão se tornando lembranças e saudades.
1 ab
Fui dar uma olhada na poesia de quem se atreveu a me nominar poeta. Posso dizer que estou embevecido, pois nunca me assim considerei. Vou me esforçar, quem sabe um dia eu chego lá.
abs
Até agora eu li três poemas falando do tempo, da vida, do modo de viver e dessa nossa busca por tudo isso: Para o Mundo que eu Quero Descer, Plástico e Lembrança. Isso é um sinal de que a coisa está feia rsrsrs
Olá.
Acho que você cometeu um engano. Os poemas que comenta não são meus.
Como está a solicitar amizade do autor, creio ser importante para você. Dê uma olhada e confira se é isso mesmo.
Eu sei que os poemas não são seus, Avelino. São de Thais Sousa e Carlos Hades. Estou falando da coincidência de vocês estarem se referindo ao tempo: passado e presente, com nostalgia e com preocupação com o agora.
Agora entendi. A coisa deve estar feia mesmo.
abs
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