Levantou-se para o dia
feito uma alavanca que levanta o mundo
deixando na cama a noite ainda dormindo
Olhou pela janela agora aberta
o organizar da nova paisagem
na cidade em que sempre viveu
Preparou-se com esmero
ajeitando os detalhes
com o harmonizar das cores
Benzeu-se com o sinal da cruz
como há muito a mãe lhe ensinara
e no abrir das portas saiu do refúgio
No cenário abrolhado das ruas
misturou-se ao bailar das pernas apressadas
desaparecendo no dobrar das esquinas
As coisas inertes da casa
aguardam solitárias e caladas
o incerto regressar do dono
para que possam voltar à vida
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline)
- Publicado: 4 de julho de 2025 07:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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