Na quietude da noite o bardo vaga,
escuta o ontem na velha canção;
no peito a dor da ausência se propaga,
e a nostalgia é quase uma afeição !
No quarto, o frio fere qual adaga,
e o silêncio sangra o coração;
num labirinto atroz, a voz se apaga
e o vazio é sem explicação!
Mas há beleza na melancolia;
na lágrima que rola, há poesia,
e na saudade, um doce recordar!
É quando, então, a ausência se revela,
e o silencio é mote que chancela
a solidão, que a dois, paira no ar!
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline)
- Publicado: 19 de junho de 2025 18:42
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Helena Rodrigues
Comentários1
Magnífico poema , meu caro Poeta
Me encontro e revejo nessa "solidão a dois"... Onde estou só eu a nostalgia das lembranças que todas as noites me fazem companhia
Saudações Poéticas,
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