AMOR DE INVERNO
Foi numa tarde cinzenta, triste e fria,
que a mim chegaste graciosa, um dia,
e meu nome rabiscaste pelo chão...
E tão triste como a tarde me falavas
que assim fazendo ali depositavas
o tesouro de um triste coração...
Mas a chuva veio aos poucos desaguando
e o meu nome devagar foi apagando
sem que visses o meu pranto de emoção...
E seguimos rumo norte na jornada,
separados... Cada qual em sua cavalgada
de amargura, de tristeza e solidão...
Na despedida me disseste entristecida
que te sentias uma intrusa em minha vida
e que minh!alma era fria como a tarde!
Emocionado, simplesmente eu te olhava
e impotente para dizer que eu te amava
deixei que fosses... Fui covarde!
Hoje a tarde é fria como aquela
e a saudade no meu peito é como a tela
que a dor tingiu com poeiras de granito!
E desde aquele dia em minha vida
ficou-me impresso dentro d!alma dolorida
teu doce nome para sempre escrito!
Junho/2006
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 5 de abril de 2020 09:36
- Comentário do autor sobre o poema: Composto numa tarde de inverno do ano de 2006 onde a depressão quase chegava.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 42
Comentários1
Quando o coração transborda de tristeza e saudade , as letras se misturam com a magia da poesia e o amor se transforma em versos lindos assim. Parabéns Nelson!
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