Inexorável

IF

Largo mão da pressão interna.
Deixo de lado a obrigação doentia.
Não me obrigo por dias.
Durmo mais.
Sonho mais.
O sol tem tempo para aquecer minha pele.
Enxergo minha face cansada.
Mas o descompasso permanece.
O pião gira mais forte, mais rápido.
Não há mais chicote, e o boi ainda ara.
Não há mais espora, e o cavalo ainda dispara.
O elefante atrelou música a dor
e toda vez que o disco roda,
o elefante dança.

  • Autor: IF (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de agosto de 2020 03:19
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31
Comentários +

Comentários1

  • Nelson de Medeiros

    Bom dia poeta.
    Bem escrito, este poema dá ao leitor uma gama de interpretaçaões.

    Muito bom.

    1 ab

    • IF

      Que bom, Nelson. Obrigada. Abraços



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