Neste caminho, o justo e o injusto percorrem, detalhe, apenas um concluirá a empreita,
Naquela distante montanha, esconderei, o oprimido...
o deprimido...o tolo, talvez!
Vivemos tempos difíceis,
Ainda bem que temos o Sol
Sobre nossas cabeças confusas,
Nos valemos da espada e da fala,
Temos uma língua doce e afiada, sempre a disposição dentro da boca
Meu amor, nao trago flores
Em minhas mãos,
Somente as mãos trago, E nada mais, além delas,
Ah, que bom que temos as pernas
sãs, assim podemos vadiar por ai,
Queria um copo d'água fria e incolor,
Que alimento inodoro este que
causa-me tanta dor!
Renuncio as histerias sem embasamentos científicos, basta!
Degustarei gafanhotos e outras iguarias em minha dieta crística e quase solitária,
Viajarei na constante velocidade da luz,
se os deuses assim permitirem, tamanha insanidade,
Do escudeiro espero fidelidade, e bom comportamento; as vezes adulto,
as vezes infantil,
Que seja engraçado e resistente Ao frio e a fome
Pois o território a ser conquistado é árduo e hostil,
Carregado de homens sisudos
Neste exato momento, temo
pelas donzelas,
-Donzelas de todos os reinos, e de todas plataformas e torres digitais!
-Não se apartam, e nao se entreguem a estes senhores da indústria do tabaco e do silício!
Ah, como eu queria ser uma lâmina de raio de sol,
e anunciar o amanhecer de uma nova era
Em um planeta qualquer, em uma cúpula qualquer, em uma caverna qualquer,
Libertar os injustiçados platônicos.
Ao longe vejo bravos soldados
retornando feridos e cansados,
Eu lhes devo atenção e alimentos,
Vieram de uma batalha épica
Entre a ciência exata, contra os mouros dos absurdos e seus negacionistas pândegos, e debiloides,
Estes para muitos, são heróis e voam como mariposas frenéticas Que bailam em torno da luz, até a morte inglória. Em troca de efêmeros Fiat lux,
Um camponês me olha com desdém, e diz coisas que até então desconhecia:
Por essas, e outras, prefiro os duendes, são mais precisos e humildes,
para certos assuntos de salvar o mundo ou libertar indefesos,
No tocante a fome no planeta
são bem mais sensíveis também,
Sim, os duendes são criaturas dóceis, e sociais, de suma relevância no cenário geopolítico, Do nada ouço uma voz meiga e concisa:
-Concordo, duendes são
realmente fofinhos, Meu fiel escudeiro diz jocosamente;
-Então, cortemos a cabeça do camponês desdenhoso?
-Mas não é muita violência!
Intercede a voz meiga e apavorada,
-Que dentes! Que anjo negro e lindo
habita dentro de vós! Todos ouvem meu pensamento,
Dou um breve sorriso e tento acalmar a mileide aflita;
-Não existe tal violência, e nem tamanha punição para os insurgentes,
minha gentil senhora! Esboço um sorriso do dever cumprido, e caminho a deriva.
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 4 de agosto de 2020 15:32
- Comentário do autor sobre o poema: Ao iniciar este escrito, fiquei surpreso pelo caminho percorrido.
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 59
- Usuários favoritos deste poema: LEIDE FREITAS
Comentários13
Muito bom! Boa noite. Um abraço
Boa noite,
Abraços
Adorei!
Que bacana!
1ab
Que bacana!
1ab
Ótimo poema! Parabéns Samuel.
Muito bom!! Amei!
Fico feliz mesmo!
Um abraço
Ao concluir a leitura do que está escrito, fiquei surpreso pelo caminho percorrido...
Um poema emblemático que me deixou impressionado, Shimul!
Parabéns!
Abraço surreal!
Citou o meu comentário! Realmente foi isto mesmo. A inspiração chega, e a gente fica sem saber oque fazer. Quando concluído, tomamos um susto. Você fica indignado
e pensa: Cara, eu fiz isto!
Grande Hébron, você é dez.
Grande Mestre! Extasiada com a leitura, perfeição e sensibilidade, sua marca. Aplausos!
Ema, meu poema tomou novas matizes após a sua indelével declamação.
Abraços!
Realmente um grande mestre
Usado sua maestria ,obra profunda
Grande lição além do espelho
Parabéns amigo.
Que maravilho poeta Shimul, belo poema, boa noite, abraços.
Muito obrigado! Como diz a nossa querida NeivaDirceu: gratidão!
Boa noite meu querido poeta!
Corassis, você é meu espelho! Baita poeta, cara eu ti admiro muito.
Obrigado!
"O justo e o injusto percorrerá o mesmo caminho "...
E assim sempre será, a chuva cai para o justo e igualmente para o injusto.
Uma maravilhisa criação, poeta Shimul!!
Detalhe, apenas um concluirá
a empreita.
Você está correta, Princesa Edla Marinho.
It is a pleasure for me read your kindness comments. Kisses in heart, my dear!
Um poema bem construído com algumas palavras raras e bem dispostas. Uma história épica e bem narrada.
Foi um prazer ler-te!
Até breve, caro poeta Shmuel.
Sempre atenta a nobre poeta! Teus comentários são pérolas em minha página!
Boa tarde!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.