De todos os detalhes já não me recordo
Naquela época, eu era só uma criança
Posso lembrar das galinhas me perseguindo
Do som das risadas de crianças brincando
Achei que o casarão viveria pela eternidade
Não sabia que ficaria apenas na esperança
São tantas lembranças bonitas
Direto da parreira, uvas podíamos comer
A beleza dos cavalos velozes a correr
Alegremente, todos no açude a nadar
Como posso deixar estes momentos se apagar?
Como deixamos morrer nossas lembranças?
O vento sombrio substitui as risadas
Os morcegos corrompem nossas lembranças
Depois de presenciar tantas alegrias
O casarão ficou sozinho com as cobras
Em lágrimas, vemos nossos sonhos
Transformados em entretenimento para outros
Querido Casarão, perdoe nossas falhas
Perdoe-nos por deixar-te em ruínas
Ainda lembramos de tantas alegrias
Que você deixou em nossas almas
Ainda guardamos a lembrança das risadas...
- Autor: J.N. Echegaray (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de abril de 2020 19:59
- Comentário do autor sobre o poema: Poema em homenagem à fazenda onde passei minhas férias de menina e às lembranças que guardo de lá. Inclusive a foto é como está o casarão que ficava na fazenda hoje em dia. Dói saber que o casarão agora está vivo apenas em nossas lembranças.
- Categoria: Carta
- Visualizações: 32
Comentários1
Nossa! Maestria na arte de nos levar a tempos felizes!
Parabens, 1 ab
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.