J.N. Echegaray

Querido Casarão

De todos os detalhes já não me recordo

Naquela época, eu era só uma criança

Posso lembrar das galinhas me perseguindo

Do som das risadas de crianças brincando

Achei que o casarão viveria pela eternidade

Não sabia que ficaria apenas na esperança

 

São tantas lembranças bonitas

Direto da parreira, uvas podíamos comer

A beleza dos cavalos velozes a correr

Alegremente, todos no açude a nadar

Como posso deixar estes momentos se apagar?

Como deixamos morrer nossas lembranças?

 

O vento sombrio substitui as risadas

Os morcegos corrompem nossas lembranças

Depois de presenciar tantas alegrias

O casarão ficou sozinho com as cobras

Em lágrimas, vemos nossos sonhos

Transformados em entretenimento para outros

 

Querido Casarão, perdoe nossas falhas

Perdoe-nos por deixar-te em ruínas

Ainda lembramos de tantas alegrias

Que você deixou em nossas almas

Ainda guardamos a lembrança das risadas...

  • Autor: J.N. Echegaray (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Abril de 2020 19:59
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema em homenagem à fazenda onde passei minhas férias de menina e às lembranças que guardo de lá. Inclusive a foto é como está o casarão que ficava na fazenda hoje em dia. Dói saber que o casarão agora está vivo apenas em nossas lembranças.
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 32

Comentários1

  • Nelson de Medeiros

    Nossa! Maestria na arte de nos levar a tempos felizes!

    Parabens, 1 ab



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