De todos os detalhes já não me recordo
Naquela época, eu era só uma criança
Posso lembrar das galinhas me perseguindo
Do som das risadas de crianças brincando
Achei que o casarão viveria pela eternidade
Não sabia que ficaria apenas na esperança
São tantas lembranças bonitas
Direto da parreira, uvas podíamos comer
A beleza dos cavalos velozes a correr
Alegremente, todos no açude a nadar
Como posso deixar estes momentos se apagar?
Como deixamos morrer nossas lembranças?
O vento sombrio substitui as risadas
Os morcegos corrompem nossas lembranças
Depois de presenciar tantas alegrias
O casarão ficou sozinho com as cobras
Em lágrimas, vemos nossos sonhos
Transformados em entretenimento para outros
Querido Casarão, perdoe nossas falhas
Perdoe-nos por deixar-te em ruínas
Ainda lembramos de tantas alegrias
Que você deixou em nossas almas
Ainda guardamos a lembrança das risadas...