Nem sempre com as palavras certas,
nem sempre todas conjugadas,
e nem sempre orações simples,
quase sempre coordenadas.
Nem sempre adjetivos bons,
tão pouco advérbios positivos.
Nem sempre de bom tom,
mas quase sempre reprimido.
Nem sempre o texto em prosa,
muito menos coesivo,
coerente ou conexo,
quase sempre tudo lírico.
Há quem leia, quase ninguém,
menos que dois, um alguém.
Alguém ávido, esquisito,
leitor estranho do que cultivo.
Quase sempre ri dos meus erros,
quase sempre se diverte da confusão,
quase sempre sente aquilo que sinto,
e nunca me impede o travessão.
Quase sempre me desperta
para os erros que vou cometer,
e já até conhece meu vocabulário,
já sabe o que vou dizer.
Digo mesmo assim,
sabe que amo você.
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Autor:
Carolina Gouveia (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 26 de fevereiro de 2025 16:33
- Comentário do autor sobre o poema: Poema escrito em 2024, aos 22 anos de idade, em Lisboa, Portugal.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários2
Mais que belo poema...
Este poema parece ser um reflexo da imperfeição e da autenticidade na forma de se expressar.
Através de frases quase sempre incompletas ou imprecisas, você transmite uma mensagem de vulnerabilidade e sinceridade, aceitando os próprios erros e confusões.
A última linha revela o elo de afeto que, mesmo com falhas, se mantém firme.
É um texto que explora a beleza da imperfeição e a profundidade do sentimento.
Parabéns.
Poetisa Carolina, descreves com simpatia , o desejo para que se realize um maravilhoso e feliz desfecho, o AMOR com a doçura da felicidade !
a tua " Gramatica ", tem uma gigantesca probabilidade de possibilidades
Parabéns .
Abraço.
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