Sou o eco do que a vida esqueceu,
a voz que encontra beleza na flor
e no sopro manso do vento,
que não precisa de pressa para ser sabor.
Amo o antigo e, em seu calor,
encontro o abraço que o tempo não apaga,
a palavra que repousa,
a mão que segura sem querer soltar.
Amar é como respirar:
não é escolha, é essência.
Vejo olhos que me julgam estrangeiro,
dizendo-me velho, fora de sintonia,
mas sou raiz que resiste
quando ventos desfolham a alma.
Sou rio que corta as pedras,
mesmo quando o tempo tenta apagar seu traço.
Trato a mulher amada como estrela,
não para ser distante, mas para iluminar
as sombras do peito e os cantos da casa.
Carinho é um farol que nunca se apaga,
respeito, um pacto que o silêncio celebra.
No toque das mãos entrelaçadas,
há mais eternidade
do que em todas as palavras do mundo.
Dizem que sou antiquado,
mas quem decide o que é velho ou novo?
A moda é um rastro efêmero,
mas o coração não aprende a se reinventar.
Caminho pela estrada da simplicidade,
onde o silêncio do amor
fala mais que os gritos apressados do mundo.
E ao final, sou grato:
grato pela leveza de ser quem sou,
antigo talvez, mas profundo,
como um rio que nunca cansa.
Essa é a beleza de ser simples.
-
Autor:
Sezar Kosta (
Offline) - Publicado: 14 de fevereiro de 2025 13:24
- Comentário do autor sobre o poema: Ei, pessoal! Vou contar um segredo por trás deste poema. Sabe aquela sensação de ser um pouco fora de sintonia com o mundo moderno, como se a gente estivesse em um ritmo mais lento, mas sem se importar com isso? Foi assim que eu me senti quando comecei a pensar sobre o que realmente importa, as coisas que não se apagam com o tempo. Encontrei inspiração nas pequenas belezas da vida, como uma flor que desabrocha no seu próprio tempo. E, claro, no amor que não precisa de modas ou tendências. No fim, é a lealdade e o respeito que permanecem. Gostou? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões, vou adorar saber o que você pensa sobre isso!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Offline)
Comentários2
Amei seu poema, estou a passos lentos também e deixando que o novo faça sua história. E o Amor antigo é bem melhor do que o Amor corrido de agora. Parabéns poeta.
Em cada gesto, um suspiro; em cada olhar, um universo de sentimentos. Acredito em um amor que não apressa o tempo, mas o sente como se ele fosse uma melodia suave, tocada devagar, sem pressa de chegar ao fim. Como uma flor que desabrocha lentamente, não pela urgência do mundo, mas pela vontade de se entregar ao instante.
Você conseguiu captar exatamente a essência do que eu queria transmitir! Muito obrigado por compartilhar suas impressões. É um prazer imenso saber que minha mensagem ressoou por aqui. Que sua jornada seja repleta de momentos tão valiosos e duradouros quanto as flores que desabrocham lentamente.
QUE POEMA LINDO. A essência dela me resume como pessoa e ouso dizer que é a essência dos melhores poetas haha!!!
De fato, no fim, é a lealdade e o respeito que permanecem. Quão bom é desfrutar dessa liberdade de observar o mundo “em câmera lenta” e não ir contra essa sensação; apreciar esse caminho.
Muito bom te ler!!
Abraços cheios de luz.
As pessoas podem me chamar de antiquado, mas a verdade é que o coração não se reinventa. Ele simplesmente permanece, e eu sou grato por essa estabilidade. Acredito que o amor, a lealdade e o respeito nunca saem de moda, e, no final, são essas coisas que tornam a vida valiosa e cheia de significado.
Que alegria ler seus comentários! Fico muito feliz que tenha sentido o mesmo tipo de beleza nas palavras que eu tentei transmitir. Espero que essa leveza que compartilhei tenha te trazido uma sensação boa, como a brisa suave de uma tarde tranquila. Até logo e que você continue sempre encontrando as pequenas coisas que fazem o coração sorrir!
Tirei até um print para ler isso mais uma vez! Sábias palavras.
Abraços iluminados e uma boa semana!
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