Busco os ventos da renovação
Quero tornar-me um com eles
E assim eu possa completar
A viagem do meu ser
Carrego os sonhos e desejos
Dos meus antepassados
Lembranças que não são minhas
Herdadas desde a concepção
Serei capaz de completar a carreira?
Não tenho fé em mim
Seja a luz guia para a eternidade
O eterno agora me chama
O machado está posto à raiz
Só vejo decisões e consequências
Riscos e apostas me espreitam
Dona Sorte onde estás?
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Autor:
Lucas Guerreiro (
Offline)
- Publicado: 12 de fevereiro de 2025 21:56
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 36
- Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari
Comentários2
Filtrastes os dilemas pessoais da maioria humana , e as expectativas as vezes , são tiros em alvos incertos!
Conseguistes aprofundar as sensações esperadas e angustiantes. "Dona sorte onde estás"?
Aplausos e abraços amigo.
Obrigado pelas palavras, caro amigo poeta!
Abraços.
"Serei capaz de completar a carreira?
Não tenho fé em mim
Seja a luz guia para a eternidade
O eterno agora me chama?"
Isso aqui resume muito bem o filme existencial não só de toda a espécie de todas as eras que existiram e que ainda viram, mas como também, principalmente, na minha ótica, a da nossa geração.
Essa geração que parece ter sido fadada a viver e sobreviver com esse mundo caótico que nos foi herdado. Justamente ou injustamente. Essa é uma temática que sempre me acompanhará... É o tipo de reflexão para levar durante toda a minha vida. No entanto, sempre bom lembrar que nessa estrada – na “viagem do meu ser”, eu “Carrego os sonhos e desejos” todos. E é sempre bom lembrar disso para escolher viver apesar de tudo.
Tem uma frase que gosto muito de um filme do studio Ghibli que diz o seguinte:
— O vento ergue-se, devemos tentar viver.
Abraços iluminados. Linda poesia!!
Grato pelo comentário, Letícia, pois você traz à luz um ponto bastante interessante: essa encruzilhada de dúvidas e questionamentos existenciais sempre fez parte do filme humano, agora, porém, parece ter-se intensificado ou ganhado mais nitidez. Estamos vivendo num paradoxo. Só para citar um exemplo, somos a geração que mais dispõe de informações e, ainda assim, somos os mais desinformados. (O que me faz lembra de uma música, intitulada Paradox, dos neozelandeses Opshop, vc pode encontrá-la no youtube pois o álbum a que pertence está indisponível no Spotify, ao menos no Brasil). Você me deu uma nova perspectiva sobre o verso de carregar os sonhos e desejos daqueles que vieram antes quando diz que é sempre bom ter isso em mente em nossas escolhas de vida. Sinceramente, pensei nisso como sendo um fardo, como quando os outros colocam suas expectativas nos outros, sabe? Mas agora vejo isso de uma forma positiva, graças à sua reflexão sobre o tema.
Eu pesquisei sobre a citação do filme do Studio Ghibli. Trata-se de um verso de um dos poemas de Paul Valéry e aparece no filme Vidas ao vento, de Hayao Miyazaki. Confesso que sempre vejo algo relacionado às animações desse estúdio, algumas vezes em conversas, porém, nunca assisti a nenhum deles, acho que essa era a deixa que eu precisava. Alguma sugestão por onde devo começar?
Abraços luminosos. Obrigado.
Veja esse mesmo. Vidas ao Vento. Não vai se arrepender. Esse filme mudou minha perspectiva sobre muita coisa em minha vida. Foi muito importante pra mim. Deu até vontade de revê-lo hihi.
Abraços!
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