Cigana

Lucas Guerreiro

Cigana, eu te invoco,
Que o amor universal
Te traga até mim.

Cigana, eu te convoco,
Venhas ao meu lado dormir.

Cigana, de joelhos, imploro:
Tatues um beijo de boa noite,
Cheio de açoites, rumores,
Rubrores e ardores bem aqui.

Juro, de pés juntos e mãos atadas,
Por todos os deuses e deusas do Nada -
Que nada são e nada governam -

Juro, perante eles, que nada improperam:
Salém ficará no esquecimento e,
Hoje mesmo, teus inimigos queimarão ao vento.

Assim virei a ti e te livrarei do julgamento:
Quando sussurrares palavras de contentamento
E os prazeres e a dor que carregas em teus seios
Derem à luz o fogo que arde e nos consome,
Que nos envolve em gemidos inexprimíveis.

Assim, saberás que foi liberta e
O único jugo que levarás será
Nosso amor que a tudo preserva.

Comentários +

Comentários2

  • CORASSIS

    Esta cigana atendera seus pedidos, meu nobre poeta !
    Com esta poética, até princesas ou rainhas rsrs .
    Parabéns amigo
    Abraço.

    • Lucas Guerreiro

      Bem otimista da sua parte, Corassis. Agradeço a visita, amigo poeta.
      Abraço.

    • Maria dorta

      Um belo poema. Aplausos!

      • Lucas Guerreiro

        Muito obrigado, Dona Maria!
        Abraço.



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