Um Antúrio em meu jardim

Maria Wilma Mota

Existia um jardim

E nele tudo floria

Até chegar um Antúrio

E acabar com a alegria

Um Antúrio minha gente

Não se engane com o fascínio

Ele demonstra muita beleza

Escondendo o seu extermínio

Existia no jardim

Alegria e muitas flores

Porém de tóxico o Antúrio

Desfazia tudo apenas com seus rumores

Resistente e muito charmoso

Atraia muitas flores

Chamava sua atenção

As deixando em pedaços

E o pior de toda seca

Era no fim observar

Sua face de vitimismo

Que culpava então as flores

Por o telo assim ferido

Com perguntas ofensivas

Forçando-nos a pensar

Que pobrezinho o Antúrio

Que magoado está

E enquanto o tempo passa

A sua volta não resta nada

Tudo seco

Tudo morto

E pobrezinho do Antúrio

Disfarçado, vestido numa roupa de planta inofensiva

Tudo seca a sua volta.

Sem amigos, e sem amor

No jardim não resta nada

Só o pobre do Antúrio e um rastro de desgraça.

Por: Maria Wilma Mota

  • Autor: Maria Wilma Mota (Offline Offline)
  • Publicado: 31 de janeiro de 2025 08:10
  • Comentário do autor sobre o poema: Espero que gostem, aceito sugestões.
  • Categoria: Fábula
  • Visualizações: 17
  • Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari, Bela flor


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