Existia um jardim
E nele tudo floria
Até chegar um Antúrio
E acabar com a alegria
Um Antúrio minha gente
Não se engane com o fascínio
Ele demonstra muita beleza
Escondendo o seu extermínio
Existia no jardim
Alegria e muitas flores
Porém de tóxico o Antúrio
Desfazia tudo apenas com seus rumores
Resistente e muito charmoso
Atraia muitas flores
Chamava sua atenção
As deixando em pedaços
E o pior de toda seca
Era no fim observar
Sua face de vitimismo
Que culpava então as flores
Por o telo assim ferido
Com perguntas ofensivas
Forçando-nos a pensar
Que pobrezinho o Antúrio
Que magoado está
E enquanto o tempo passa
A sua volta não resta nada
Tudo seco
Tudo morto
E pobrezinho do Antúrio
Disfarçado, vestido numa roupa de planta inofensiva
Tudo seca a sua volta.
Sem amigos, e sem amor
No jardim não resta nada
Só o pobre do Antúrio e um rastro de desgraça.
Por: Maria Wilma Mota