Desde que fora descoberto,
Óh, Brasil!
Seja pelo que a escola ensina
Seja pelo sangue quiçá certo
Tenho dó de sua sina,
Da minha e de quem há por vir
Sob teus ricos solos
Índios, escravos e internautas
Irmãos de Eras. Siameses no pensar
Sob teus ares - espíritos sem vozes
Sob tua história - corruptos polos
Fregueses entre si. Fomos. Somos.
Vítimas e algozes
Num espaço com tanto calor
O frio da corrupção nos acinzenta
Ao acalento do berço esplêndido
Porque o ético se cobre escondido?
De formas diversas, damos um jeito
Contra o gelo. Somos este jeito
Ledo engano...
Uma colcha de retalhos usamos
(sem destreza
Aff. Precisamos de sua quentura imersa
Mas se cobrem os pés, congela-se a cabeça
(e vice-versa
À ética tão morna:
- me aqueço, me esqueço!
- sinto frio em meu brio!
Então condenem os pedaços de panos
Consciências que os males são os outros
E não nossas sapiências.. nossas vaidades
Desde o descobrimento, somos cobertos
Às metades
Assim, nós, filhos dos teus solos
Diante as consequências dos gelos
Uma colcha sem retalhos faremos
Aí sim, bradaremos, sem ledos enganos, aos cantos mil:
#aofrionãomaistedeixaremos
Óh, Brasil!!
- Autor: Divaldo Ferreira Souto Filho ( Offline)
- Publicado: 29 de julho de 2020 15:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários1
Que belo brado! Parabéns
Obg... bom q gostou!!!!
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