Nenhum homem me ama
Talvez meu pai
Mas este morreu
Quando eu era menino
As mulheres que eu amo
Não são iguais
Ou sou eu que amo diferente
Tudo aquilo que me é divergente
Dizem que se ama com o coração
Mas coração é um músculo oco
Do tamanho de uma mão fechada
Que se contrai e depois se dilata
Quem em mim ama é minha alma
Esse vácuo onde me hospedo
Que tem farta fome de imensidade
E que é bem maior do que eu sou
Não sei se amasse pela esquerda
Se seria mais certo ou menos duvidoso
Mas o único sentido e direção do amor
É seguir para onde está o objeto amoroso
Ontem minha esposa me disse
Que quando quero eu sou perfeito
Mas se fosse perfeito não haveria espaço
Para lhe amar com este meu imperfeito amor
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline)
- Publicado: 20 de janeiro de 2025 09:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários3
Não me canso de suas poesias, Seu Joaquim!
Obrigado, Lucas, pelos seus gentis e frequentes comentários.
Seus poemas são transcendentais!
Tenho a mesma opinião do menino Lucas !
E vou além, como já declarei a sua maestria , melhor de Pernambuco.
Abraço amigo.
Mais uma vez, obrigado a todos que disponibilizam uma parte do seu tempo e olhar
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