V's e aqueles do seu tipo

Lucas Guerreiro

Ventos e vaidades.
Vazios e verdades.

As páginas perdidas não me deixam esquecer,
As notas escondidas fingem não ver:
Aquele dia há de se passar
Da mesmíssima maneira como esse passou.

Vozes vagas
Em voga vastas.

Como posso me esquecer daquele que agora grita,
Pede, chora e se anima?
Da esperança alheia mercadeja,
Da miséria alheia se farteja.

Como me esquecerei de ti
Que insiste em penetrar no lugar que já estás,
Que persiste em fazer-te voz do que não tem mais?

Tal qual Olimpíada,
Eis o poste que no cão mija!

Vinho vindouro
Vi no vitorioso.

Se o destino é comum a todos,
Quero espremê-lo em minhas mãos.
Como o sangue das uvas e açaís - um produto do fim -
O prêmio daquele que não tem fim.

  • Autor: Lucas Guerreiro (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de janeiro de 2025 09:45
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11
  • Usuários favoritos deste poema: CORASSIS
Comentários +

Comentários2

  • Marcelo Eduardo de Oliveira

    Bravo! Não sou conhecedor nem professor, mas um curioso leigo. No entanto posso ver que vocÊ possui muitos recursos estéticos: aliterações; jogos de pensamentos e palavras. Tudo torna o texto muito sedutor e cativante. Inteligência de sobra. Parabéns.

    • Lucas Guerreiro

      Caro Marcelo, estou grato pela visita e pelo registro do seu comentário. Obrigado pelas palavras de elogio, muito me motivam a continuar escrevendo e publicando. Abraços, fique bem.

    • CORASSIS

      Poeta e pensador ,
      Parabéns meu amigo por mais uma perola poética
      Abraço .

      • Lucas Guerreiro

        Grato pela visita, amigo poeta. Abraço.



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