Ventos e vaidades.
Vazios e verdades.
As páginas perdidas não me deixam esquecer,
As notas escondidas fingem não ver:
Aquele dia há de se passar
Da mesmíssima maneira como esse passou.
Vozes vagas
Em voga vastas.
Como posso me esquecer daquele que agora grita,
Pede, chora e se anima?
Da esperança alheia mercadeja,
Da miséria alheia se farteja.
Como me esquecerei de ti
Que insiste em penetrar no lugar que já estás,
Que persiste em fazer-te voz do que não tem mais?
Tal qual Olimpíada,
Eis o poste que no cão mija!
Vinho vindouro
Vi no vitorioso.
Se o destino é comum a todos,
Quero espremê-lo em minhas mãos.
Como o sangue das uvas e açaís - um produto do fim -
O prêmio daquele que não tem fim.