Há uma distância ditante
entre o mínimo e o abastado
de uma vez por todas
esse tipo de amor não tem meu agrado
até de fome
choram os gatos no telhado
falta compaixão também nos pratos dos humilhados
Descalços sem sapatos
as dores maiores não são divididas
pés no chão, de dores que já ficaram acostumados
há uma distância humilhante
entre o mimado e o defraudado
qual a razão de ainda
de existir tal espetáculo!
Há uma distância entre o verdadeiro e o abstrato
enquanto um ostenta ar superior
com lágrimas morre
o sonhador, não o salafrário
há uma disposição
em se costurar enganos
em se construir edifícios altos
cidade de pedra sobre quente asfalto
Há uma distância acachapante
entre salários
enquanto um corre para ganhar mais dinheiro
outro na feira, apanha do chão alimentos sujos, amassados
de uma vez por todas eu vejo
que há, corações de lata
há quem se agrada
em fazer filhos de Deus alienados.
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de janeiro de 2025 20:33
- Comentário do autor sobre o poema: Imagem de chandan bagh por Pixabay
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
- Usuários favoritos deste poema: Maria Ventania
Comentários3
Mediante uma crítica social brota esta prosa poética sensível e originalíssima.
Palmas para este mestre poeta que encanta e nos põe à pensar!!! Beijos e parabéns.
Meu coração e grato , beijos.
Mensagem muito atual!
“Há uma distância entre o verdadeiro e o abstrato
enquanto um ostenta ar superior
com lágrimas morre
o sonhador”. Muito forte e real essa parte do seu poema. Me tocou bastante.
Essa música é sensacional!
Abraços iluminados!
É uma honra receber teus comentários
Gratidão Leticia.
Luz na sua vida .
Quantas verdades ditas através de seus versos, meu caro amigo Corassis!
E, infelizmente, essa distância cada dia se torna maior, dividindo a humanidade, petrificando corações.
Um grande abraço.
Querida amiga poetisa Maria do Socorro , ás vezes parece que o mundo está de ponta cabeças !
Gratidão por comentar querida amiga.
Abraços.
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