A FALÁCIA DA EXISTÊNCIA
Sou livre como a brisa alegre e pura
Esvoaçante em tragédia ou ventura...
Menosprezo a miséria e o tormento,
Alheio a tudo em qualquer evento.
Poblemas que me assaltam têm a cura No próprio tempo exato em que dura...
Inexistentes no meu pensamento Fúteis fortunas, glórias não sustento.
Se é passado o momento que me importa?...
É tão breve o presente, nada vale... Da vida o futuro não me exorta...
Por mais que nela haja uma eficácia,
A qual pra outrem válida assinale,
A existência pra mim—é uma falácia.
Tangará da Serra, 22/12/2024
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de dezembro de 2024 00:23
- Comentário do autor sobre o poema: Peço vênia ao meu querido amigo Elfrans pelo soneto isento de espiritualidade. Que lhe seja somente um joguete para exercício poético.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros, Elfrans Silva
Comentários1
Ave Mestre sonetista! Penso, mestre, que a vida, olhada pela ótica espiritual, não deixa de ser uma falácia pois a verdadeira vida, que penso, viveremos, só alcançaremos definitivamente depois de muitas e muitas reencarnações de aprimoramento moral e intelectual. Mas, nem por isso penso que os passados que vivemos e os futuros que hão de vir em novas jornadas sejam, de pouco valor, muito embora efêmeros. Mas, é um belíssimo soneto de desapego. Feliz Natal e grande abraço.
Meu prezado Nelson de Medeiros, no exato momento em que ia clicar: \"remover\" vi seu nome como \"usuário favorito\". Então, me surpreendi confortado. Melhor ainda me senti quando no seu comentário havia uma condescendência ao soneto pela sua visão espiritualista.
A maestria em soneto é toda sua, não me inclua nesse seu nível.
Gratidão por tudo.
Um Natal Feliz, muita alegria entre os seus.
Apertado abraço.
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