A FALÁCIA DA EXISTÊNCIA
Sou livre como a brisa alegre e pura
Esvoaçante em tragédia ou ventura...
Menosprezo a miséria e o tormento,
Alheio a tudo em qualquer evento.
Poblemas que me assaltam têm a cura No próprio tempo exato em que dura...
Inexistentes no meu pensamento Fúteis fortunas, glórias não sustento.
Se é passado o momento que me importa?...
É tão breve o presente, nada vale... Da vida o futuro não me exorta...
Por mais que nela haja uma eficácia,
A qual pra outrem válida assinale,
A existência pra mim—é uma falácia.
Tangará da Serra, 22/12/2024