NÃO MAIS EXISTIREI

Maximiliano Skol



NÃO MAIS EXISTIREI 

Não mais existirei... o tempo voa...

Carcaça já imagino que serei...

Aqui, nuvens desfazem-se à toa

Ou como chuva agregam-se em grei.

 

Minha mente me lembra ou me apregoa

Do meu fatal fadário em que hei 

De, breve, não mais ser minha pessoa 

Tal qual a fugaz nuvem que observei.

 

Absorto... algo em vulto me distrai:

Um pássaro passou e fez-se  em sombra...

Também, no meu jazigo algo me vai

 

Sem rastro destruir-me— isso me assombra.

Não mais absorto estou... O azul celeste 

De abóbada sinistra me reveste...

 

Tangará da Serra, 18/11/2024.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de novembro de 2024 17:53
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  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 7
Comentários +

Comentários1

  • Claudio Reis

    No panteão todos estaremos cedo ou tarde, numa trajetória onde o corpo denso encontrará outros fins
    Mas na imensidão do universo estaremos também a experimentar outros começos, valorados pela missão cumprida
    Até que se dê a finitude desta personalidade aqui adquirida, vivamos intensamente tudo o que nos faça bem
    Ainda poderemos ver o Sol e a Lua amanhã poeta, graças a Deus

    Um grande abraço amigo mestre Maximiliano

    • Maximiliano Skol

      Olá, meu querido amigo Cláudio Reis, tu de verve poética de bem com o amor e ainda mais de bem com as bênçãos da vida, recebas a minha gratidão pela honra da tua visita.
      Um abração.



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