NÃO MAIS EXISTIREI
Não mais existirei... o tempo voa...
Carcaça já imagino que serei...
Aqui, nuvens desfazem-se à toa
Ou como chuva agregam-se em grei.
Minha mente me lembra ou me apregoa
Do meu fatal fadário em que hei
De, breve, não mais ser minha pessoa
Tal qual a fugaz nuvem que observei.
Absorto... algo em vulto me distrai:
Um pássaro passou e fez-se em sombra...
Também, no meu jazigo algo me vai
Sem rastro destruir-me— isso me assombra.
Não mais absorto estou... O azul celeste
De abóbada sinistra me reveste...
Tangará da Serra, 18/11/2024.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de novembro de 2024 17:53
- Comentário do autor sobre o poema: Transferir vídeo para YouTube, clicar na sigla cc para ativar legenda.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
Comentários1
No panteão todos estaremos cedo ou tarde, numa trajetória onde o corpo denso encontrará outros fins
Mas na imensidão do universo estaremos também a experimentar outros começos, valorados pela missão cumprida
Até que se dê a finitude desta personalidade aqui adquirida, vivamos intensamente tudo o que nos faça bem
Ainda poderemos ver o Sol e a Lua amanhã poeta, graças a Deus
Um grande abraço amigo mestre Maximiliano
Olá, meu querido amigo Cláudio Reis, tu de verve poética de bem com o amor e ainda mais de bem com as bênçãos da vida, recebas a minha gratidão pela honra da tua visita.
Um abração.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.