Chega ao bardo a lembrança, de repente...
Veio assim, num segundo, como bala!
Um raro sentimento d’alma exala,
ao lembrar seu passado negligente!
Sensação de fracasso, em larga escala,
num instante embaralha a sua mente!
O tempo retrocede velozmente
e, atroz remorso no peito se cala!
Vê, de novo, os cabelos cor de trigo,
os olhos verdes, a face alvaiada,
e o céu a lhe rogar compreensão!
Agora, a justa impressão de castigo
o acompanha, pois traz na alma arraigada,
toda a dor que deixou num coração!
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline) - Publicado: 16 de novembro de 2024 14:13
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta
Offline)
Comentários2
Que desse remorso tenha se aprendido algo. Belo tema abordado poeta. Boa tarde.
Acabei de ler "Remorso" e, uau, que experiência! Foi como mergulhar em um lago profundo e, de repente, ser puxado para a superfície por uma onda de reflexões. A forma como você captura essa lembrança que chega "num segundo, como bala" é simplesmente genial!
A imagem da "sensação de fracasso, em larga escala" ressoa com tantos de nós, não é? E a descrição dos cabelos cor de trigo e olhos verdes traz uma nostalgia que toca fundo.
Parabéns pelo seu trabalho! Você realmente nos convida a olhar para dentro e encarar as dores que carregamos. Continue escrevendo assim, é um verdadeiro presente para todos nós! ?
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