Mais uma vez te ouço e avidamente
tento interpretar teus cálidos versos!
Soam cheios de amor, incontroversos,
e, neles o bardo pensa somente!
Mas, o hierofante que lhe habita a mente
sussurra-lhe que eles são controversos,
não tem alma, são frios, são perversos...
Cantos de sereia, literalmente!
Ah! Linha fina cinde o céu do inferno!
Será este um canto inocente e terno
ou será engenhosa enganação?
É premente usar o tino, o bom senso!
Mas, como se a paixão é um contrassenso
e, trespassa o entendimento e a razão?
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline) - Publicado: 1 de novembro de 2024 16:47
- Categoria: Amor
- Visualizações: 35
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta, Melancolia..., Lim
Offline)
Comentários5
Nelson, que encanto é esse escondido nas palavras? Que obra foi essa que você costurou com fios de dúvida e fascinação? Seu "Canto de Sereia" não só traz a beleza dos versos clássicos, como aquele som distante que atrai e confunde, exatamente como uma canção hipnotizante! Aqui, vemos o poeta em um embate entre o amor que quer se entregar e a razão que reluta. E que forma bela e intrigante de expor essa luta interna!
Há uma sabedoria silenciosa entrelinhas, onde o coração desafia a lógica com uma intensidade que só um verdadeiro apaixonado compreende. Parabéns por esse trabalho!
Como sempre, se destacando com mais este lindo poema...
Abraços.
E quem resiste...?! rs Muito bom, Nelson irmão em letras! Esse é o fascínio de tão mítico e irresistível canto que expressastes em tão lindo versos! Um bom dia e feriado!
Por que será que tem de ser assim, o ser humano com medo do amor( ou das ciladas que às vezes,ele prepara?) e mesmo ainda arrastando a asa por aquele ser que,enfrenta o orgulho, e ainda amor declara,? Afinal de quem( ou do que) tanto medo tem o poeta...do amor ferido,contrafeito? Ou do próprio sentimento que sufoca no peito? Afinal,amar exije também muita coragem. Rendam_ se os dois!
Bravo, Nelson!
Belo versejar!
Parabéns e um grande abraço.
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