Eco do Silêncio

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Você só responde, mas não fala comigo,

Lê minhas palavras sem nelas habitar,

Como um eco que foge ao calor do abrigo,

E no silêncio insiste em me afastar.

 

Seus olhos me seguem, mas nunca se prendem,

Um muro invisível se ergue entre nós,

Palavras se perdem, promessas se rendem,

E o vazio apaga o som da nossa voz.

 

Frio como o inverno que nunca termina,

Denso como a névoa que apaga o luar,

Cada instante revela a dor que fascina,

E faz da ausência o amor naufragar.

 

Se o diálogo é um sonho a se extinguir,

Só resta à alma o vazio por seguir.

  • Autor: Robson Araújo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de outubro de 2024 07:51
  • Comentário do autor sobre o poema: Entre ecos e silêncios, a comunicação se perde, e o amor naufraga na ausência de palavras.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: tamarasevero


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