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Eco do SilΓͺncio

Você só responde, mas não fala comigo,

Lê minhas palavras sem nelas habitar,

Como um eco que foge ao calor do abrigo,

E no silêncio insiste em me afastar.

 

Seus olhos me seguem, mas nunca se prendem,

Um muro invisível se ergue entre nós,

Palavras se perdem, promessas se rendem,

E o vazio apaga o som da nossa voz.

 

Frio como o inverno que nunca termina,

Denso como a névoa que apaga o luar,

Cada instante revela a dor que fascina,

E faz da ausência o amor naufragar.

 

Se o diálogo é um sonho a se extinguir,

Só resta à alma o vazio por seguir.